Título: Capitão Jagunço
Autor: Paulo Dantas
O capitão jagunço, ao encontrar com um caixeiro viajante indo para Canudos, lhe conta toda sua estória, e pede que o último lhe julgue somente ao final dela. A estória é a seguinte: O capitão antes da guerra, era um simples sertanejo, muito feliz com sua mulher, mas que mesmo casado durante anos, ainda não haviam tido nenhum filho. Ele passa a conhecer Antonio Conselheiro enquanto este ainda não era tão conhecido. Eles se tornaram amigos e o capitão conta que trocaram até confidências. Um tinha muito carinho e respeito pelo outro.
Quando Conselheiro mudou-se para Belo Monte(canudos), o capitão decidiu que iria segui-lo e fincar raízes por lá também. Porém, ainda não estava totalmente decidido, ainda mantinha sua casa e seu dinheiro republicano e o título de eleitor. Por um desafortunado acaso, os jagunço da guarda católica descobriram este último fato e decidiram dar uma lição no recém chegado. O espacaram para matar, mas só não o fizeram por ordens do Conselheiro, pela antiga amizade, porém, sua casa foi incendiada, destruída e sua mulher assassinada. Foi aí que capitão jagunço decidiu que estava do lado errado dessa Guerra e que não iria ter pena dos jagunços, homens e mulheres que em Canudos estavam.
Viajou de lá até Salvador para pedir pessoalmente que ajudassem a nova república sendo guia na invasão e destruição de Canudos. Assim foi acertado, porem, capitão jagunço já no caminho de volta de Salvador sentiu um certo arrependimento, pensou que aquelas pessoas que lá estavam eram como ele, e que ao invés de ajudá-las estaria lá para contribuir com a sua morte.
A Guerra se inicia com sua ajuda, ele descreve como viu de perto pessoas morrendo, e no pós-guerra como viu todos aqueles corpos de pessoas inocentes ali jogados, sendo devorados por urubus e vermes. Sentiu-se mal por ter participado, e não do lado dos sertanejos como ele.
Acabada a Guerra, ele era naturalmente odiado pelos moradores sertanejos que ali ficaram, mas achava que haveria um reconhecimento da parte dos republicanos combatentes. Para a sua decepção e maior angustia, não houve qualquer contato daqueles para com ele. Esquecendo-o assim que fizeram uso de suas habilidades...Capitão jagunço então pede para que o caixeiro de Simão Dias, lhe julgue, com palavras ou demonstre em gestos se ele achara que o capitão fosse um homem que agiu como qualquer outro agiria, e digno de perdão, ou se era um pecador traíra que não merecia ser absolvido. O caixeiro sem hesitar imediatamente lhe aperta a mão. E assim ...
Achei uma descrição boa e simples para quem está tendo contato com a Guerra de Canudos pela primeira vez. Li em alguns sites que a "estória" na verdade é uma "História", sendo o capitão jagunço um personagem-título real.
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